quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Mulheres curadoras

Fonte: Jornal 100% Vida de maio/2012
feminino

“Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza…”

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Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram sumidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. Seu saber mudou de nome. Chamam de terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares…são reconhecidas e respeitadas, tem seus consultórios e fazem palestras.
As mulheres curadoras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, sempre aparece uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curadora’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.
Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. Sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos… a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e seu espírito é eternamente jovem.
Talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.
Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…
Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver… comunique-se com as plantas de seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor.
Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial. Uma delas era chamada de “árvore protetora da família”, e era vista como fonte de cura, de força e energia. Qualquer problema, corríamos para abraçá-la e pedir proteção.
O arquétipo de ‘curadora’ faz parte da essência do feminino, mesmo que seja vivenciado por um homem. Isso está aquém dos rótulos e definições de gênero. Faz parte de conhecimentos ancestrais que foram conservados em nosso inconsciente coletivo.
Perdemos a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção nas lendas e nos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Um exemplo? Procure saber mais sobre os seres elementais que povoam os nossos jardins e as fontes de águas… fadas, gnomos, elfos, sílfides, ondinas, salamandras…
As “curadoras” afirmam que podemos atrair seres encantados para nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores.
Algumas plantas convidam lindas borboletas para seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe em seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

10 erros que os pais cometem ao colocar os filhos para dormir

Publicado na Revista Crescer
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Como todos os comportamentos do ser humano, o sono precisa ser ensinado ou condicionado. Criar certos hábitos pode acostumar mal a criança ou aumentar sua dependência dos pais. Listamos os principais erros que os casais cometem quando o assunto é hora de dormir:

Não ter rotina

Criança gosta e precisa de repetição para se sentir segura. O ideal é que a hora de ir para a cama seja precedida pelas mesmas ações, todos os dias.

Atividades agitadas

O ideal é que essa rotina não inclua atividades que vão deixar o pequeno ainda mais desperto, como brincadeiras que envolvem movimentação física e programas de televisão que deixam a criança agitada ou com medo. Entre as atividades relaxantes, estão tomar banho e ler um livro.

Colo

Um dos erros mais comuns é ninar o filho e deixá-lo adormecer no colo dos pais. As crianças devem dormir diretamente onde vão acordar, porque ao despertarem na madrugada, há grande chance de estranharem o berço e chamarem a pessoa que as fez dormir. O mais indicado é dar um beijo de boa-noite e levar a criança ainda acordada para o berço. Os pais deixam o quarto e, se ouvirem choro, voltam alguns minutos depois para que ela percebe que ninguém a abandonou. Aos poucos, o bebê se acalma e aprende a dormir sozinho.

Ninar pela casa

Nada de perambular com a criança pela casa no carrinho de bebê, colocar o bebê-conforto sobre a máquina de lavar ou passear de carro com o pretexto de fazer a criança dormir. Ela não precisa ser chacoalhada para pegar no sono. A dica é dar uma fraldinha ao seu filho, que ele se auto ninará.

Levar para dormir na cama dos pais

Se a criança acorda assustada ou chama pelos pais de madrugada, os adultos precisam dar atenção. Mas, no quarto dela. Isso porque ceder aos pedidos em um dia transmitirá a mensagem de que a criança pode insistir sempre. Se seu filho for direto para sua cama, você até pode deixá-lo ficar um pouquinho, mas leve-o de volta para o quarto dele quantas vezes forem necessárias. Compartilhar a cama com frequência atrapalha o sono da família, não incentiva a independência da criança e prejudica a intimidade do casal.

Luz acesa

É comum crianças terem medo do escuro, mas deixar a luz acesa altera a produção do hormônio melatonina, que induz o sono. Se seu filho estiver com medo, converse sobre os motivos da insegurança, explicando que não há razão para temer. Para acalmá-lo, deixe uma tomada de luz baixa, que ilumina o caminho, caso ele acorde de madrugada. Luz de cor azul tem efeito calmante. Para as crianças que não se importam, o melhor é apagar todas as luzes.

Deixar a TV ligada

Além de o som e a luz prejudicarem a qualidade do sono, ele precisa aprender a pegar no sono sozinho.

Dar comida de madrugada

Os médicos dizem que a alimentação durante a noite é uma das coisas que mais atrapalham o sono. Se a criança tem fome, os pais devem verificar se a alimentação no restante do dia ou na última mamada da noite está sendo suficiente.

Irritação

Nada de inventar situações negativas em relação ao sono, como bicho-papão. Ficar bravo ou irritado na hora de colocar os filhos para dormir também é ruim, pois eles começarão a associar esse momento a algo negativo.

Evitar as sonecas diurnas para melhorar o sono da noite

As sonecas diurnas são necessárias até um período da vida da criança. Normalmente, esse sono se divide em duas etapas: de manhã e depois do almoço. À medida que seu filho cresce, a necessidade de dormir enquanto o sol está no céu diminui.
Fontes: Gustavo Moreira, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP); Márcia Hallinan, neuropediatra e coordenadora do setor infantil do Instituto do Sono (SP); Renata Soifer Kraiser, psicóloga; Alaides Olmos, neurologista especialista em sono do Hospital Pequeno Príncipe (PR); Jodi Mindell, diretora-associada do centro do sono no Hospital infantil da Filadélfia e da National Sleep Foundation (EUA)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Mulheres preferem beijar homens sem barba, diz estudo

Segundo pesquisa, a barba causa irritação na pele (foto: Getty Images)


Homens barbudos foram considerados pouco atraentes pela maioria das mulheres, de acordo com pesquisa. A empresa Gilette saiu às ruas para entender o que o público feminino pensa sobre os pelos faciais do parceiro e descobriu que 93% delas preferem homens barbeados.  Os resultados foram apoiados por uma pesquisa nacional que concluiu que 75% do público feminino gostam da aparência, mas se sentem incomodadas quando o parceiro vai beijá-las. As informações são do Female First.
Um estudo recente dos Estados Unidos havia insinuado que a barba por fazer estava prejudicando o beijo. A pesquisa incentivou as mulheres a partilharem os seus sentimentos em relação aos pelos faciais dos parceiros.
Os homens precisam entender que a barba, especialmente a curta, pode incomodar em um momento de carinho: 60% das mulheres disseram que tiveram experiências negativas depois de beijar um homem com barba por fazer, incluindo irritação na pele. Estudos concluíram que um homem barbeado é mais propenso a receber um longo beijo apaixonado.
Embora os homens possam se sentir sexy com a barba por fazer, talvez esta não seja a melhor forma de agradar a parceira quando o assunto é contato físico. De acordo com Rafael Wlodarski, do departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford, “pesquisas anteriores mostram que o beijo é uma parte importante do relacionamento. Em primeiro lugar, ele pode ser usado para avaliar a ‘conveniência’ de um parceiro em potencial e é importante durante as fases iniciais de uma relação. Em segundo lugar, verificou-se que a frequência de beijos entre casais está relacionada com a qualidade de seu relacionamento”.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Facebook consegue prever se o seu relacionamento tem futuro

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Publicado no IDG Now
Esqueça flores, chocolates. Quem precisa deles? No Valentine’s Day (Dia dos Namorados nos EUA e outros países, comemorado nesta sexta, 14/2), o Facebook nos deu o melhor presente: fatos duros e frios sobre nossos relacionamentos. Exatamente o que todo casal quer!
A rede social sabe tudo sobre as nossas vidas, o que significa que ela sabe como e quando conhecemos nossos parceiros/parceiras, onde fazemos checkin em uma sexta à noite, nossos maiores momentos juntos, e (infelizmente) quando nós terminamos. Então o Facebook juntou todos os dados que tem sobre os casais no mundo e descobriu alguns fatos interessantes sobre os relacionamentos.
Apesar de a rede social não poder apontar exatamente quanto uma relação vai durar, acontece que quanto mais tempo você está com a pessoa amada, maiores as chances de vocês ficarem juntos. Os picos de fins de relacionamentos costumam acontecer nos verões e por volta do Dia dos Namorados. Mas se você conseguir passar pelos primeiros meses de uma relação, pode estar em uma jornada mais longa. Isso porque cerca de metade dos relacionamentos do Facebook que tem pelo menos três meses acabam durante mais de quatro anos. Pois é!
A equipe do Facebook Data Science analisou os relacionamentos que duraram pelo menos três meses – o que significa três meses a partir da data que você mudou o seu status para “Em um relacionamento” – e que os parceiros tinham ao menos 23 anos quando a relação começou. A rede social não olhou os relacionamentos que já começaram como casamento no site, porque estava tentando “capturar algo mais próximos dos verdadeiros inícios de namoro, em vez de registrar casamentos mais longos”, afirmou Bogdan State, do Facebook, em um post sobre o assunto.
Confira mais baixo alguns outros fatos curiosos descobertos pelo Facebook:
As pessoas tem mais chances de namorar uma pessoa de religião diferente do que de casar com ela. Pessoas mais velhas tem mais chance de ficarem na mesma religião do que os mais jovens. E 86% dos casamentos nos EUA são entre pessoas da mesma religião.
Diferenças de idade são comuns em todos os tipos de relacionamento, mas são muito maiores em relações homossexuais do que entre heterossexuais, segundo o Facebook.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Chupeta O que toda mãe/pai deveria saber antes de oferecer uma para seu bebê

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A oferta da chupeta se difundiu amplamente na sociedade contemporânea. Trouxe consigo conveniência e comodidade, “simplificando” a tarefa dos adultos em acalmar o bebê. Muitos não sabem ao certo se devem ou não oferecê-la. Desinformação, falta de tempo, busca por facilidades imediatas, desconexão com os próprios instintos da espécie e tantos outros motivos popularizaram o seu uso e fizeram com que formas naturais e gentis de lidar com o choro e as demandas do bebê fossem deixadas de lado. Assim, a necessidade básica de sucção no peito não é plenamente suprida, muito menos as necessidades psico-afetivas do bebê, como um ser humano complexo em formação. O motivo do choro que está sendo silenciado fica sem resposta. A chupeta acaba sendo uma solução mágica e instantânea, que se arrasta pela infância afora e, disfarçada de outras formas, chega até a vida adulta. Por isso, não se iluda! A chupeta não é inocente como parece. Efeitos colaterais advindos do seu uso existem, e aumentam em quantidade e gravidade ao longo do desenvolvimento infantil. Acompanhe, sob uma perspectiva baseada em evidências, as potenciais consequências relacionadas ao uso da chupeta.

Interfere negativamente sobre a amamentação.

Estudos mostram que crianças que desmamam precocemente usam chupeta com maior freqüência do que aquelas que são amamentadas por um período maior1,2. A confusão de bicos (fig. 1 e 2) descrita na literatura acontece porque a musculatura é trabalhada de forma completamente diferente durante a sucção do peito e da chupeta3 (Quadro 1 – APÊNDICE). A sucção de um bico artificial leva à perda da tonicidade e alteração da postura muscular (dos lábios e língua, principalmente), fazendo com que o bebê não consiga manter corretamente a pega do peito. Além disso, existem evidências de que chupar chupeta diminui a produção de leite, pois o bebê solicita menos o peito, causa ferimentos na mãe devido à pega errada, o que acaba interferindo até mesmo no seu ganho de peso. Não oferecer bicos artificiais e chupetas a crianças amamentadas é um dos Dez passos para o Sucesso do Aleitamento Materno recomendado pela Organização Mundial de Saúde, UNICEF e Ministério da Saúde4.
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Prejudica a correta maturação funcional do sistema estomatognático (SE)

Atrapalha na fala, mastigação, deglutição e respiração da criança. Podem surgir deficiências de dicção, presença de sibilo/ceceio na fala, voz rouca e/ou anasalada. A mastigação perde sua característica normal bilateral e alternada, tendendo a vertical ou unilateral, afetando diretamente as articulações têmporo-mandibulares e o desenvolvimento das estruturas envolvidas. Desenvolve-se potencialmente uma deglutição atípica, com interposição de língua e participação da musculatura peri-oral. O padrão respiratório se altera de nasal para bucal ou misto. Assim, existe um consenso na literatura científica de que hábitos de sucção não-nutritivos são potencialmente nocivos para a saúde da criança e que, por isso, devem ser desestimulados ou removidos o mais cedo possível no intuito de minimizar os danos.

Altera a postura e tonicidade dos músculos da boca

O lábio superior fica encurtado, o lábio inferior fica flácido e evertido (virado para fora), ocorre a perda do selamento labial passivo (sem esforço), a pele do queixo pode ficar enrugada (refletindo o esforço do músculo mentalis para auxiliar no vedamento labial), as bochechas ficam hiper/hipotonificadas e caídas (de acordo com a forma que a criança adapta a sucção) e a língua perde a tonicidade, ficando numa posição baixa e retruída dentro da cavidade bucal (fig. 3), alterando toda a fisiologia do SE*.
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Causa deformações esqueléticas na boca e na face

Os ossos da face crescem de forma desarmônica, com alterações e rotações dos planos de crescimento (fig. 4). As arcadas e os ossos nasais sofrem atresias (estreitamento) e desvios (desvio de septo) prejudicando tb as funções de deglutição, mastigação, fala e respiração (fig. 5 – 6) e se tornando um obstáculo mecânico à cura de uma série de patologias (especialmente, as “ites” = rinite, sinusite, amigdalite, bronquite, otite, adenóides hipertróficas, etc…). A mandíbula mantém a posição retruída do nascimento, isto é, o queixo não cresce, prejudicando a estética e a fisiologia (fig. 7).
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Provoca maloclusão dentária

Mordidas abertas, mordidas cruzadas (fig. 8), maloclusão de Classe II, overjet acentuado (fig. 9) e outras alterações nos dentes são associadas ao uso de bicos artificiais. Crianças com hábitos de sucção não-nutritiva apresentam 12 vezes mais chance de desenvolver problemas oclusais do que crianças sem hábito. Mais de 70% das crianças que possuem hábitos de sucção não-nutritiva apresentam algum tipo de maloclusão.
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Não existem no mercado bicos anatomicamente comparáveis ao bico do peito

Em relação ao mamilo, os bicos de borracha apresentam diferenças significativas em sua textura, forma, no trabalho que realizam e nas consequências desse trabalho. Já foi demonstrado em estudo realizado com diferentes marcas comerciais disponíveis no mercado que bicos artificiais são significativamente menos elásticos do que o bico do peito, e que o seu comprimento pouco se altera dentro da cavidade bucal, de forma que é a boca que se molda a ele, e não o oposto como ocorre no caso do bico do peito (fig. 9 – 11). O bico do peito tem a capacidade de distender-se´ dentro da boca (protractibilidade) até 3 vezes o seu comprimento inicial, enquanto o bico de borracha pouco se altera.
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A chupeta não é menos nociva do que o dedo

Dados epidemiológicos mostram que apenas 10% das crianças chupam o dedo prolongadamente, enquanto 60 a 82%, chupam chupeta e 4,1% associam os dois hábitos 8. Ao contrário do que se costuma acreditar, os danos causados pela sucção prolongada de dedo ou de chupeta são bem semelhantes. A sucção do dedo, contudo, se assemelharia mais ao peito (fig. 12) por ser intracorpórea, ter calor, odor e consistência mais parecidos com o do mamilo e pelo fato de ficar praticamente na mesma posição do bico do peito dentro da cavidade bucal (próximo ao ponto de sucção, no fundo da boca). A língua vem para a frente durante a sua sucção, como acontece com o mamilo na ordenha do peito materno e o padrão de respiração nasal é mantido. Por tudo isso, a orientação de substituir o dedo pela chupeta não faz sentido. O bebê chupa o dedo desde a barriga (fig. 13) e, durante o seu desenvolvimento, especialmente nos períodos de desconforto e irritação provocados pela erupção dentária (que inicia a partir dos 4-6 meses até em torno dos 3 anos, quando a dentição decídua está completa), é normal que ele leve um ou mais dedos à boca. Nessa fase devemos proporcionar variedade de estímulos, como alimentos de consistência dura, mordedores, além de brincadeiras diversas, atenção, carinho, paciência e peito; a fim de que o hábito cesse espontaneamente. A persistência da sucção de dedo não é freqüente em crianças bem amamentadas. Mais de 80% das crianças que recebem aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida não apresentam hábitos.
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Os bicos ortodônticos prejudicam mais no aspecto funcional do que os convencionais

Não existem evidências que comprovem substancialmente a existência de vantagens reais nos bicos anatômicos ou ortodônticos. Embora sejam potencialmente menos nocivos em relação às alterações dentárias, chupetas ortodônticas mantêm o dorso ainda mais elevado e a ponta da língua ainda mais baixa e mais posteriorizada do que o bico comum (Fig. 14 a 16). Produzem mais movimentos incorretos com a língua, a deglutição é deflagrada mais tardiamente e existe um maior esforço e pressão negativa formada durante a sucção.
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Representa uma das causas da Síndrome do Respirador Bucal

Quando a criança respira pela boca pode ter o seu desenvolvimento comprometido (fig. 17) pelas inúmeras consequências que isso acarreta ao organismo como um todo. O ar inspirado pela boca não sofre o processo de filtragem, aquecimento e umedecimento fisiológicos, deixando o sistema respiratório mais vulnerável a doenças em geral. A respiração bucal ainda acarreta uma gama de alterações físicas (patologias respiratórias [fig. 18], problemas nutricionais e de crescimento, alterações fonoaudiológicas, do sono [ronco, apnéia, pesadelos, terror noturno, enurese noturna/xixi na cama, bruxismo] maloclusão e problemas orto-ortopédicos, posturais (fig. 19), comportamentais e emocionais (problemas de aprendizado, distúrbios de ansiedade, impulsividade, fobias, agitação, cansaço e hiperatividade, baixa auto-estima).
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Cria-se um hábito de difícil remoção

A sucção não-nutritiva não é um sintoma único e isolado, mas, ao contrário, pode ser um entre vários sintomas relacionados a conflitos de instabilidade emocional com raízes em situações anteriores, como, por exemplo, a não satisfação plena da necessidade básica do bebê de mamar no peito. A remoção repentina ou abrupta da chupeta pode gerar efeitos psicológicos complexos e difíceis de mensurar e pode levar à substituição por hábitos de sucção de dedo, lábio, língua, onicofagia (roer unhas) ou outros. Esses hábitos podem ser substituídos ao longo da vida por comer, fumar ou outros transtornos compulsivos, segundo a teoria psicanalítica (freudiana).

Seus efeitos podem ser observados desde cedo

A idéia de que se a chupeta fosse removida até uma certa idade (1, 2, 3 anos, variando entre diferentes autores) não traria prejuízos à criança se propagou advinda de uma prática clínica centrada no dente (visão odontocêntrica), onde era possível observar a autocorreção de alguns tipos de maloclusão como a mordida aberta anterior a partir da descontinuidade do hábito. A evolução do conhecimento, entretanto, vem demonstrando que seus efeitos sobre ossos e músculos (bem como suas repercussões funcionais) são muito difíceis de reverter sem intervenção profissional multidisciplinar . Além do mais, o primeiro ano de vida do bebê é um período crítico para o seu desenvolvimento, de metabolismo ósseo acelerado e aprendizado/maturação de funções vitais, o que torna a presença de estímulos patológicos ainda mais agressiva. Na imagem abaixo, observamos um bebê de 4 meses que ainda não tem dentes, mas já sofre as conseqüências do hábito de sucção: perda do selamento dos lábios, postura de língua baixa, estreitamento da base do nariz, etc… Tudo isso vai afetar de alguma forma o seu padrão de crescimento e desenvolvimento.
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“Chupetar” peito não existe

O termo “chupetar” deveria se referir exclusivamente à chupeta, onde o bebê realiza uma sucção não-nutritiva simplória. Dizer que o bebê está fazendo o peito de chupeta (“chupetando”), quando na verdade ele está mamando constitui um erro semântico; já que mamar constitui um ato complexo que envolve, não apenas extrair o leite, mas também sugar, estar em contato íntimo com a mãe, e sentir todas as sensações orgânicas e psico-afetivas envolvidas, com suas respectivas repercussões. Como poderia o bebê fazer o peito de chupeta se este tipo de artifício não é natural para ele e não lhe proporciona toda essa riqueza de estímulos? Bicos artificiais, muito pelo contrário, representam um estímulo de sucção patológica. O que sua memória instintiva, seu impulso pela sobrevivência reclama e pede é o peito da mãe, fisiológico, e não a chupeta. Tanto é que a maioria das crianças só aceita a chupeta após muita insistência dos adultos. Argumenta-se que alguns bebês teriam uma necessidade maior de sucção e que, após satisfazerem sua fome, ficariam no peito apenas “chupetando”, sugando, mesmo sem leite. O que acontece é que existem fases do desenvolvimento (saltos e picos de crescimento22) onde a demanda aumenta repentinamente e o peito necessita receber mais estímulo para ajustar a produção. Todo bebê esperto sabe muito bem que mamar faz a produção de leite aumentar. Além disso, ele está ao mesmo tempo satisfazendo sua necessidade neural de sucção. Você já deve ter ouvido aquela famosa frase: “a natureza é sábia!”, não é mesmo? Pois é.

A chupeta como prevenção para a Síndrome da Morte Súbita Infantil

Nos últimos anos a chupeta tem sido recomendada para reduzir o risco da Síndrome da Morte Súbita no Infantil (SMSI). Diante desta recomendação, é importante assinalar a existência de muitas evidências, como por exemplo um estudo caso-controle com 333 lactentes com diagnóstico de SMSI e 998 crianças hígidas, o qual apontou que a amamentação reduz o risco de morte súbita em 50% em todas as idades. Como a chupeta favorece o desmame, deve-se reconsiderar o incentivo do seu uso para esse fim, pois benefícios maiores podem ser obtidos com a amamentação.

Considerações sobre a toxicidade e segurança da chupeta

Durante o processamento da borracha natural e a criação da sintética, várias substâncias são adicionadas ao látex com o intuito de conferir maior elasticidade. Em contato com a saliva, esses produtos se volatilizam, trazendo riscos à saúde; além da possibilidade de existirem crianças alérgicas ao látex. Como qualquer outro objeto levado à boca, a chupeta pode servir de veículo para infecções diversas (otite, candidíase, cáries, etc). Outros riscos potenciais são o de acidentes, obstrução das vias aéreas e estrangulamento por cordas amarradas na chupeta.

A chupeta e o refluxo gastro-esofágico

O uso da chupeta foi aventado como método capaz de reduzir o refluxo gastro-esofágico. No entanto, revisão sistemática não encontrou evidência de que ela melhore o tempo total e/ou diminua o número de episódios de refluxo.

A necessidade de sucção do bebê deve ser suprida no peito

Crianças que nunca mamaram no peito ou que tiveram aleitamento misto antes dos três meses de idade têm aproximadamente sete vezes mais chance de desenvolver hábitos de sucção não-nutritivos do que crianças amamentadas por mais tempo. Desde a vida intra-uterina o bebê apresenta um impulso neural de sucção. Ele começa satisfazendo esse impulso com o próprio dedo e ao mesmo tempo vai desenvolvendo a função da sucção, crítica para sua sobrevivência após o nascimento durante a amamentação. Se o bebê for amamentado e não houver interferências negativas, o próprio desenvolvimento e amadurecimento neuro-funcional se encarregará de fazer com que a necessidade neural de sucção se esgote espontaneamente em torno do final da fase oral. Portanto, nada substitui o ato de mamar no peito, pelo aporte nutricional e imunológico do leite materno, pela troca de afetividade entre mãe e filho e pelo mecanismo de sucção exclusiva que este propicia para um perfeito desenvolvimento. A amamentação é primária na prevenção em saúde e no funcionamento pleno das potencialidades vitais da criança, refletindo diretamente sobre a sua qualidade de vida. A amamentação deve ser realizada de forma exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos de idade ou mais! A decisão de introduzir ou não chupeta é da família. Mas cabe aos profissionais oferecerem aos pais subsídios para que tomem uma decisão consciente e informada a esse respeito.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

10 ERROS QUE COMETEMOS NO QUARTO

Ok, você conseguiu levá-la para casa, mas sabe quais são os deslizes que vão impedi-la de voltar no futuro? Fomos atrás da resposta.
quarto sem arte 10 ERROS QUE COMETEMOS NO QUARTO
O jantar foi ótimo, vocês tomaram um drink depois no bar – e agora estão no seu apartamento. Vai rolar. Mas quais são os erros que podem impedir outras visitas dela no futuro? “Perguntamos a um monte de garotas adoráveis os maiores erros que os homens cometem no quarto”, diz uma matéria da revista inglesa FHM. “Mas a pergunta tinha uma ressalva: nenhum delas poderia envolver o ato do sexo em si.” Confira abaixo as principais falhas citadas por elas que nós cometemos antes — e depois — de tirar as calças.
10# Pendurar fotos de mulheres na parede
“Odeio isso”, conta Samanah, 21 anos. “Se você realmente acha que eu sou gostosa, tire esses peitos da parede do seu quarto.”
9# Botar no som um fino R&B
“Eu estava uma vez com um cara que colocou essa balada do R. Kelly assim que entramos no quarto”, diz El, 21 anos. “Foi terrível. Fui embora antes da voz começar.”
8# Ficar muito sério
“Quando o cara fica sério demais e não diz nada divertido, isso é realmente assustador e embaraçoso”, afirma Emily, 20 anos.
7# Fazer comentários apenas sobre o corpo dela
“Sempre recebo muitos comentários sobre o meu peito”, diz Brandy, 22 anos. “Mas se o cara não tem nada mais interessante do que isso para dizer no quarto, então já sei que cometi um erro.”
6# Não aparar lá embaixo
“Se um homem tem muito cabelo lá embaixo”, conta Becky, 25 anos, “não é bom. Sempre dou um ultimato a ele, dizendo para aparar o arbusto.”
5# Não ter camisinha (ou ter em excesso)
“Uma vez saí com um cara que tinha uma gaveta cheia de camisinhas”, afirma Martha, 21 anos. “Deu a impressão de que era um cafajeste, e não de uma maneira boa.”
4# Se explicar o tempo inteiro
“Teve um cara que perguntava sem parar ‘posso fazer isso?‘ enquanto descia em mim, como se precisasse de permissão para tudo”, conta Nicola, 20 anos. “Apenas assuma o comando!”
3# Tentar tirar a roupa dela
“Sério, nos conseguimos tirar a nossa própria roupa”, diz Tracey Cox, autora de livros sobre sexo e relacionamento. “E a maioria das garotas parece um sapo gordo só de meia-calça. Por isso, ela deve ser a primeira coisa a ir embora.”
2# Não oferecer café-da-manhã
“Um amigo meu costuma pedir táxi para se livrar das garotas”, afirma Jess, 20 anos. “Uma vez, ele pediu o carro às oito da manhã. Ela nunca mais voltou.”
1# Estar com os lençóis sujos
“Se a cama dele não está feita, isso é realmente ruim”, diz Charlotte, 23 anos. “Só consigo imaginar as meias e cuecas espalhadas por todo lugar.”

Rapunzel solidária: mulheres doam cabelos para pacientes com câncer

Aninha doou o cabelo ao projeto no dia que completou seis anos de idade ao projeto Rapunzel Solidária, que atua em prol de mulheres com câncer
Aninha doou o cabelo ao projeto no dia que completou seis anos de idade ao projeto Rapunzel Solidária, que atua em prol de mulheres com câncer
Publicado no Terra
Os cabelos tomam boa parte da rotina feminina: lavar, hidratar, cortar e manter brilho e movimento requer muito amor e disciplina. Para muitas mulheres, eles representam uma marca registrada, símbolo de feminilidade e beleza.
Agora imagine, do dia para a noite, ficar sem eles. Pois é isso que acontece com milhares de pacientes que enfrentam o câncer de mama, o mais incidente na população feminina não só no Brasil, como no mundo todo.
A mais recente doação veio de Luísa, de apenas três aninhos
A mais recente doação veio de Luísa, de apenas três aninhos 
E foi se colocando no lugar destas mulheres que muitas outras, colaboradoras do projeto Rapunzel Solidária, se prontificaram a ajudar a causa. A iniciativa tem como objetivo arrecadar cabelos para serem doados às portadoras de câncer. O conceito é simples: ao apostar em um novo corte, ao invés de dispensar os fios, elas os guardam para serem usados por quem está passando por tratamento quimioterápico.
Nesta terça-feira (04), quando é celebrado o Dia Mundial do Câncer, o Terra destaca a história da administradora de empresas Elizabeth Lomaski, 50, autora do projeto.
Laís também não teve dó de passar a tesoura no cabelo; ela foi a primeira doadora mirim do projeto
Laís também não teve dó de passar a tesoura no cabelo; ela foi a primeira doadora mirim do projeto
Depois de superar um câncer de mama, ela decidiu devolver ao mundo, “de forma tangível”, como ela mesma diz, a alegria de ter se livrado do incômodo trazido pelas sessões de quimioterapia – que tem como um dos principais sintomas a queda dos cabelos de todo o corpo.
O Rapunzel Solidária nasceu despretensiosamente, quando Beth, como é conhecida, comentou com uma amiga, a psicóloga Ana Cecília Simões, que deixaria o cabelo crescer para doar às pacientes do Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Elizabeth Lomaski, na primeira doação de cabelo ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer)
Elizabeth Lomaski, na primeira doação de cabelo ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer)
A psicóloga Ana Cecília Simões foi a primeira doadora do projeto
A psicóloga Ana Cecília Simões foi a primeira doadora do projeto
A colega gostou da ideia. “Ela me disse, ‘vou cortar o cabelo hoje, então trago para você amanhã”. E foi aí que ela percebeu que poderia ajudar mais gente.
A professora Juliana Martin, 34, descobriu que estava com câncer de mama e resolveu se antecipar à queda do cabelo causada pela quimioterapia
A professora Juliana Martin, 34, descobriu que estava com câncer de mama e resolveu se antecipar à queda do cabelo causada pela quimioterapia 
No último dia 13 de janeiro, ela criou uma fanpage no Facebook. No fim do mês, já eram contabilizados 1500 seguidores. Atualmente, a média é de 80 pessoas curtindo a página por dia, além de mensagens do Brasil inteiro, de mulheres interessadas solicitando informações. Só no mês de janeiro foram 20 doações, entre elas, de crianças.
Nascendo um projeto
Na família de Beth, a doença não era exatamente uma novidade. A irmã teve câncer de mama metastático quando tinha apenas 38 anos, logo após o nascimento do filho. “Foi um choque tremendo e até hoje ela passa por um tratamento que vai de medicamentos orais à quimioterapia”, conta.
Como Beth sempre teve problemas nas mamas, como cistos e nódulos benignos, fazia o acompanhamento anual, mas, com a doença da irmã, passou a fazer de seis em seis meses. Em 2012, teve o primeiro susto.
Uma secreção que saiu do seio esquerdo a levou para o mastologista, quando passou por cirurgia para retirada do primeiro tumor. Na época, alguns médicos a alertavam sobre a possibilidade de tirar os dois seios, de forma preventiva, devido ao histórico de problemas na região.
Em 2013, ela foi diagnosticada novamente com tumor nas duas mamas. “Meu mundo caiu. Já pensei em tudo de ruim que minha irmã havia passado, pensei nos meus pais, nos meus filhos. Mas logo perguntei para os médicos: ‘o que tenho que fazer’?”, relembra.
Beth foi aconselhada a retirar as duas mamas, por meio da cirurgia de mastectomia, mas, para sua surpresa, não precisou passar por quimioterapia nem radioterapia. “Foi a melhor notícia! Não iria ficar careca nem sentir todos os incômodos que a ‘quimio’ e a ‘radio’ causariam. Eu realmente me senti abençoada”, afirma.
Até hoje ela toma medicações para prevenir a volta da doença, no entanto, desde então sente vontade de agradecer por sua superação. E foi assim que abraçou a causa.
Foto mostra cabelos doados para o projeto
Foto mostra cabelos doados para o projeto
dica do Chicco Sal

23 sinais de que você é uma pessoa introvertida

Você acha conversas sobre assuntos fúteis incrivelmente cansativas? (foto:  Thinkstock)
Você acha conversas sobre assuntos fúteis incrivelmente cansativas? (foto: Thinkstock)
Carolyn Gregoire, no The Huffington Post [via Brasil Post]
Você acha que consegue identificar um introvertido no meio de uma multidão? Pense de novo. Embora o introvertido estereotípico possa ser aquela pessoa na festa que está sozinha ao lado da mesa de comidas, mexendo com um iPhone, o “arroz de festa” pode igualmente bem ter personalidade introvertida.
“Identificar um introvertido pode ser mais difícil que encontrar Wally”, diz ao Huffington Post Sophia Dembling, autora de “The Introvert’s Way: Living a Quiet Life in a Noisy World”. “Muitos introvertidos podem passar por extrovertidos.”
Com frequência, as pessoas não têm consciência de serem introvertidas –especialmente se não forem tímidas–, porque podem não se dar conta que ser introvertido não se resume a buscar tempo para ficar a sós. Em vez disso, pode ser mais revelador verificar se a pessoa perde ou ganha energia quando está com outras, mesmo que a companhia de amigos lhe dê prazer.
“A introversão é um temperamento básico. Logo, o aspecto social, e é nisso que as pessoas reparam, é apenas uma parte pequena de ser uma pessoa introvertida”, explicou o psicoterapeuta Dr. Marti Olsen Laney, autor de “The Introvert Advantage”, falando numa discussão da Mensa. “Ele afeta tudo na vida da pessoa.”
Não obstante a discussão crescente sobre a introversão, esta ainda é uma característica de personalidade frequentemente incompreendida. Ainda em 2010, a Associação Psiquiátrica Americana cogitou em classificar “personalidade introvertida” como transtorno, incluindo-a no “Diagnostic and Statistical Manual” (DSM-5), manual usado para diagnosticar doenças mentais.
Mas cada vez mais introvertidos andam se manifestando sobre o significado real de ser uma pessoa do tipo “quieto”. Você não sabe ao certo se introvertido ou extrovertido? Veja se algum destes 23 sinais reveladores da introversão se aplica a você.
1. Você acha conversas sobre assuntos fúteis incrivelmente cansativas.
introvertida conversa
Os introvertidos são notórios por serem avessos às conversas superficiais; para eles, esse tipo de tagarelice é fonte de ansiedade ou no mínimo de irritação. Para muitos tipos quietos, jogar conversa fora pode parecer falta de sinceridade. “Vamos esclarecer uma coisa: nós, introvertidos, não detestamos conversas superficiais porque somos avessos às pessoas”, escreve Laurie Helgoe em “Introvert Power: Why Your Inner Life Is Your Hidden Strength”. “As odiamos porque odiamos a barreira que elas criam entre as pessoas.”
2. Você vai a festas – mas não para conhecer pessoas.
Se você é introvertido, é possível que às vezes curta uma festa, mas o mais provável é que vá não por estar interessado em conhecer gente nova. Numa festa, o introvertido geralmente prefere passar tempo com pessoas que já conhece e com quem se sente à vontade. Se você por acaso conhecer uma pessoa nova com quem sinta empatia, ótimo, mas conhecer pessoas novas raramente será seu objetivo.
3. Você muitas vezes se sente sozinho numa multidão.
excluido tenis vermelho
Você já se sentiu um estranho no ninho no meio de reuniões sociais e atividades de grupo, mesmo com pessoas que já conhece? “Se você tende a sentir-se sozinho numa multidão, é possível que seja introvertido”, diz Dembling. “Geralmente deixamos que os amigos ou as atividades nos escolham, em vez de nós mesmos os convidarmos.”
4. Fazer networking faz você sentir-se falso.
Fazer networking (leia-se: jogar conversa fora com o objetivo último de promover-se profissionalmente) pode parecer altamente insincero para o introvertido, que anseia pela autenticidade em suas interações. “O networking é estressante se o fazemos de modos estressantes para nós”, diz Dembling, aconselhando os introvertidos a fazê-lo em grupinhos pequenos e íntimos, não em reuniões ou espaços maiores.
5. Já o descreveram como “intenso demais”.
pessoa intensa
Você gosta de discussões filosóficas e aprecia livros e filmes que induzem à reflexão? Se sim, é introvertido de carteirinha. “Os introvertidos gostam de mergulhar fundo”, diz Dembling.
6. Você se distrai com facilidade. 
Os extrovertidos tendem a entediar-se muito facilmente quando não têm o suficiente para fazer. Os introvertidos têm o problema oposto: em ambientes com estímulos demais, sua atenção se desvia facilmente e eles se sentem “esmagados” pelo excesso…
“Os extrovertidos geralmente se entediam mais facilmente que os introvertidos quando realizam tarefas monótonas, provavelmente porque necessitam e se sentem bem com níveis altos de estímulo”, escreveram pesquisadores da Universidade Clark em artigo publicado no“Journal of Personality and Social Psychology”. “Já os introvertidos se distraem mais facilmente que os extrovertidos e, por essa razão, preferem ambientes relativamente pouco estimulantes.”
7. Você não sente que é improdutivo passar tempo sem fazer nada.
improdutiva
Uma das características mais fundamentais dos introvertidos é que precisam de tempo a sós para recarregar suas baterias. Enquanto um extrovertido pode ficar entediado e irritado se passar o dia sozinho em casa com uma xícara de chá e uma pilha de revistas, esse tipo de tempo a sós e tranquilo é necessário e satisfatório para o introvertido.
8. Fazer uma palestra para uma plateia de 500 pessoas é menos estressante que ter que jogar conversa fora com essas pessoas, depois.
Os introvertidos podem ser excelentes líderes e oradores públicos. E, embora sejam vistos de modo estereotipado como sendo tímidos, eles não necessariamente evitam os holofotes. Artistas como Lady Gaga, Christina Aguilera e Emma Watson se identificam como introvertidas, e estimados 40% dos CEOs tem personalidade introvertida. Em vez disso, um introvertido pode ter dificuldade maior em conhecer e cumprimentar grandes grupos de pessoas individualmente.
9. Quando você embarca no metrô, senta-se numa ponta do banco, não no meio.
sitting alone subway
Sempre que possível, o introvertido tende a evitar ser cercado por pessoas de todos os lados. “Geralmente nos sentamos em lugares de onde poderemos sair facilmente, na hora que quisermos”, diz Dembling. “Quando vou ao teatro, procuro o assento do corredor ou a última fileira.”
10. Depois de passar tempo demais ativo, você começa a “desligar”.
Depois de estar fora de casa por tempo demais, você se cansa e deixa de responder aos estímulos? É provável que esteja tentando conservar sua energia. Tudo o que o introvertido faz no mundo externo o leva a gastar energia. Depois de sair, ele precisa voltar para dentro e reabastecer seu estoque de energia num ambiente tranquilo, diz Dembling. Na ausência de um lugar quieto para onde ir, muitos introvertidos simplesmente se desligam do mundo externo.
11. Você está num relacionamento com um extrovertido.
couple having fun
É verdade que os opostos se atraem, e os introvertidos com frequência se sentem atraídos por extrovertidos, que os incentivam a se divertir e não levar-se excessivamente a sério. “Os introvertidos às vezes se sentem atraídos pelos extrovertidos porque gostam de poder navegar na ‘bolha de diversão’ deles”, diz Dembling.
12. Você prefere ser expert em uma coisa a tentar fazer tudo.
O caminho cerebral dominante usado pelos introvertidos é um que lhes permite concentrar-se sobre as coisas e refletir sobre elas por algum tempo; logo, segundo Olsen Laney, eles tendem a dedicar-se a estudos intensos e a desenvolver perícias.
13. Você evita ativamente ir a shows ou espetáculos que possam envolver participação da plateia.
Porque realmente, existe algo mais apavorante que isso?
14. Você sempre olha o identificador de chamadas antes de atender, mesmo que a ligação seja de um amigo.
iphone finger
Você pode não atender ao telefone, mesmo que a ligação seja de alguém de quem você gosta, mas telefonará de volta assim que estiver mentalmente preparado e com energia suficiente para conversar. “Para mim, um telefone tocando é como se alguém pulasse para fora do armário para me assustar”, diz Dembling. “Eu gosto de conversar com uma amiga por um tempão, desde que a ligação não me pegue de surpresa.”
15. Você observa detalhes que passam batidos por outras pessoas.
O lado positivo de sentir-se esmagado quando há estímulos demais é que o introvertido muitas vezes tem olhar apurado para os detalhes, notando coisas que podem passar despercebidas pelas pessoas em volta. Pesquisas constataram que os introvertidos exibem atividade cerebral maior que a dos extrovertidos quando processam informações visuais.
16. Você tem um monólogo interior constante.
“Os extrovertidos não mantêm um monólogo interno do mesmo modo que nós”, diz Olsen Laney. “A maioria dos introvertidos sente necessidade de pensar primeiro e falar depois.”
17. Você tem pressão baixa.
Um estudo japonês de 2006 constatou que os introvertidos tendem a ter pressão sanguínea mais baixa que seus colegas extrovertidos.
18. Você é descrito como “alma velha” — desde que tinha 20 anos.
lost in thought
Os introvertidos observam e absorvem muita informação e refletem antes de falar, o que faz com que outros os achem sábios. “Os introvertidos tendem a pensar muito e ser analíticos”, diz Dembling. “Isso pode levá-los a parecer sábios.”
19. Você não se sente “aceso” em função do ambiente externo.
Neuroquimicamente falando, coisas como festas enormes não são sua praia. Os extrovertidos e introvertidos diferem muito no modo como seus cérebros processam experiências através dos centros de “recompensa”.
Pesquisadores demonstraram este fenômeno dando Ritalina –o medicamento para TDAH que estimula a produção de dopamina no cérebro– a estudantes universitários introvertidos e extrovertidos. Constataram que os extrovertidos tinham tendência maior a associar o sentimento de euforia decorrente da injeção de dopamina ao ambiente em que estavam. Já os introvertidos não vinculavam a sensação de recompensa ao ambiente em que se encontravam. O estudo “sugere que os introvertidos apresentam uma diferença fundamental na intensidade em que processam recompensas do ambiente; os cérebros dos introvertidos atribuem peso maior a elementos internos que a elementos motivacionais e de recompensa externos”, explicou Tia Ghose, do LiveScience.
20. Você olha para o quadro mais amplo.
Descrevendo o modo de pensar dos introvertidos, Jung explicou que eles se interessam mais pelas ideias e o quadro amplo que pelos fatos e detalhes. É verdade que muitos introvertidos se destacam em tarefas detalhistas, mas com frequência eles também tendem a interessar-se por conceitos mais abstratos. “Os introvertidos realmente curtem discussões abstratas”, diz Dembling.
21. Já lhe disseram que você precisa “sair de sua concha”.
introverts class participation
Muitas crianças introvertidas acabam achando que há algo de errado com elas, se são naturalmente menos assertivas e diretas que seus pares. Adultos introvertidos muitas vezes contam que, quando crianças, lhes diziam que deviam deixar de se isolar ou que deviam participar mais em sala de aula.
22. Você escreve.
Os introvertidos muitas vezes se comunicam melhor por escrito que cara a cara, e muitos deles mergulham no ofício criativo solitário do escritor. A maioria dos introvertidos –como J.K. Rowling, a autora dos livros “Harry Potter” — dizem que se sentem mais criativos quando têm tempo para ficar a sós com seus pensamentos.
23. Você alterna entre fases de trabalho e solidão e períodos de atividade social.
Os introvertidos são capazes de deslocar seu “norte interno” introvertido, que determina como eles precisam equilibrar solidão e atividade social. Mas, quando o deslocam demais — possivelmente por fazerem demais em termos de encontros sociais ou atividades–, eles se cansam e precisam voltar para si mesmos, segundo Olsen Laney. Isso pode manifestar-se como passar por períodos de atividade social maior, que são compensados depois com fases de introversão e ficar a sós.
“Existe um ponto de recuperação que parece estar relacionado a quanta interação você teve”, diz Dembling. “Todos nós temos nossos ciclos particulares.”
dica do Sidnei Carvalho de Souza