domingo, 9 de fevereiro de 2014

Rapunzel solidária: mulheres doam cabelos para pacientes com câncer

Aninha doou o cabelo ao projeto no dia que completou seis anos de idade ao projeto Rapunzel Solidária, que atua em prol de mulheres com câncer
Aninha doou o cabelo ao projeto no dia que completou seis anos de idade ao projeto Rapunzel Solidária, que atua em prol de mulheres com câncer
Publicado no Terra
Os cabelos tomam boa parte da rotina feminina: lavar, hidratar, cortar e manter brilho e movimento requer muito amor e disciplina. Para muitas mulheres, eles representam uma marca registrada, símbolo de feminilidade e beleza.
Agora imagine, do dia para a noite, ficar sem eles. Pois é isso que acontece com milhares de pacientes que enfrentam o câncer de mama, o mais incidente na população feminina não só no Brasil, como no mundo todo.
A mais recente doação veio de Luísa, de apenas três aninhos
A mais recente doação veio de Luísa, de apenas três aninhos 
E foi se colocando no lugar destas mulheres que muitas outras, colaboradoras do projeto Rapunzel Solidária, se prontificaram a ajudar a causa. A iniciativa tem como objetivo arrecadar cabelos para serem doados às portadoras de câncer. O conceito é simples: ao apostar em um novo corte, ao invés de dispensar os fios, elas os guardam para serem usados por quem está passando por tratamento quimioterápico.
Nesta terça-feira (04), quando é celebrado o Dia Mundial do Câncer, o Terra destaca a história da administradora de empresas Elizabeth Lomaski, 50, autora do projeto.
Laís também não teve dó de passar a tesoura no cabelo; ela foi a primeira doadora mirim do projeto
Laís também não teve dó de passar a tesoura no cabelo; ela foi a primeira doadora mirim do projeto
Depois de superar um câncer de mama, ela decidiu devolver ao mundo, “de forma tangível”, como ela mesma diz, a alegria de ter se livrado do incômodo trazido pelas sessões de quimioterapia – que tem como um dos principais sintomas a queda dos cabelos de todo o corpo.
O Rapunzel Solidária nasceu despretensiosamente, quando Beth, como é conhecida, comentou com uma amiga, a psicóloga Ana Cecília Simões, que deixaria o cabelo crescer para doar às pacientes do Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). Elizabeth Lomaski, na primeira doação de cabelo ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer)
Elizabeth Lomaski, na primeira doação de cabelo ao Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer)
A psicóloga Ana Cecília Simões foi a primeira doadora do projeto
A psicóloga Ana Cecília Simões foi a primeira doadora do projeto
A colega gostou da ideia. “Ela me disse, ‘vou cortar o cabelo hoje, então trago para você amanhã”. E foi aí que ela percebeu que poderia ajudar mais gente.
A professora Juliana Martin, 34, descobriu que estava com câncer de mama e resolveu se antecipar à queda do cabelo causada pela quimioterapia
A professora Juliana Martin, 34, descobriu que estava com câncer de mama e resolveu se antecipar à queda do cabelo causada pela quimioterapia 
No último dia 13 de janeiro, ela criou uma fanpage no Facebook. No fim do mês, já eram contabilizados 1500 seguidores. Atualmente, a média é de 80 pessoas curtindo a página por dia, além de mensagens do Brasil inteiro, de mulheres interessadas solicitando informações. Só no mês de janeiro foram 20 doações, entre elas, de crianças.
Nascendo um projeto
Na família de Beth, a doença não era exatamente uma novidade. A irmã teve câncer de mama metastático quando tinha apenas 38 anos, logo após o nascimento do filho. “Foi um choque tremendo e até hoje ela passa por um tratamento que vai de medicamentos orais à quimioterapia”, conta.
Como Beth sempre teve problemas nas mamas, como cistos e nódulos benignos, fazia o acompanhamento anual, mas, com a doença da irmã, passou a fazer de seis em seis meses. Em 2012, teve o primeiro susto.
Uma secreção que saiu do seio esquerdo a levou para o mastologista, quando passou por cirurgia para retirada do primeiro tumor. Na época, alguns médicos a alertavam sobre a possibilidade de tirar os dois seios, de forma preventiva, devido ao histórico de problemas na região.
Em 2013, ela foi diagnosticada novamente com tumor nas duas mamas. “Meu mundo caiu. Já pensei em tudo de ruim que minha irmã havia passado, pensei nos meus pais, nos meus filhos. Mas logo perguntei para os médicos: ‘o que tenho que fazer’?”, relembra.
Beth foi aconselhada a retirar as duas mamas, por meio da cirurgia de mastectomia, mas, para sua surpresa, não precisou passar por quimioterapia nem radioterapia. “Foi a melhor notícia! Não iria ficar careca nem sentir todos os incômodos que a ‘quimio’ e a ‘radio’ causariam. Eu realmente me senti abençoada”, afirma.
Até hoje ela toma medicações para prevenir a volta da doença, no entanto, desde então sente vontade de agradecer por sua superação. E foi assim que abraçou a causa.
Foto mostra cabelos doados para o projeto
Foto mostra cabelos doados para o projeto
dica do Chicco Sal

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