sábado, 8 de fevereiro de 2014

Os evangélicos e o mercado de produtos eróticos

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Publicado no O Globo
O mercado erótico já percebeu que os evangélicos consomem (e muito) os seus produtos. Amanhã, pastores, fiéis e empresários vão participar de um encontro chamado “Projeto Gospel para Sexshops”, na Praça do Conhecimento, no Complexo do Alemão. Juntos, vão debater o tema “Os Produtos Sensuais no cenário Gospel”. Organizadora do evento, a presidente da Associação Brasileira do Mercado Erótico e Sensual,Paula Aguiar (foto acima), conversou com o blog.
Como é feita a venda de produtos eróticos para os evangélicos?
Paula: Nós temos as consultoras matrimoniais, que são as vendedoras que oferecem os produtos nas igrejas evangélicas. Mas elas só atendem casais casados. E os produtos têm que ser aprovados pelo pastor.
Os pastores experimentam os produtos antes de dar o ok?
Paula: Não. Isso não. Eles aprovam de acordo com suas experiências pessoais.
Quais são os produtos que mais fazem sucesso entre o público evangélico?
Paula: Os lubrificantes e o massageador bolinha. Os primeiros são importantes principalmente para mulheres de mais idade. Os dois ajudam muito a reaproximar casais que estavam se distanciando.
E os vibradores?
Paula: Olha, neste mercado nós temos um certo cuidado com a nomenclatura. Chamamos vibrador de massageador, por exemplo. Tem mais a ver. Produtos eróticos são chamados de produtos íntimos. Quanto à procura pelos vibradores, ela existe, claro. É justamente o que tem forma de bolinha que mais sai. Vibrador fálico, nem pensar. Por uma questão religiosa, é proibido ter a imagem da parte do corpo de outro homem. Então os massageadores têm outros formatos.
Você tem números ou alguma pesquisa sobre o mercado erótico evangélico?
Paula: Não temos números ainda, não quantificamos, mas é um mercado que vem crescendo bastante.

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